segunda-feira, 28 de junho de 2010

Glauco

Acabei de reler o meu post sobre o caderno de tirinhas da Folha de São Paulo (Ilustrada).
Como fui injusta. Tudo bem, eu não passei a gostar do Glauco depois que ele morreu, eu realmente não apreciava os desenhos e o humor. Mas eu fui injusta de não comentar nada sobre a morte babaca que ele teve. E querendo ou não ele foi revolucionário, não posso negar. Nunca neguei, ele tinha o meu respeito. Não na hora de recortar as tirinhas, porque realmente facilitava o trabalho passar a tesoura bem no meio da tirinha dele, que ficava na dobra do jornal.
Aliás, fica. E isso foi algo que não gostei. Acho que seria bonito e respeitoso ficar na saudade, e não ficar publicando tirinhas antigas.

Sobre a morte, que tolice. Até hoje eu não sei se o cara era psicótico ou se tava chapado de cocaína, ou Santo Daime, ou qualquer marijuana da vida, de qualquer forma é revoltante saber que essa mente genial, que zoava a violência, os drogadinhos, foi baleada pra fora daqui. Fácil assim.


2 comentários:

Lisbeth disse...

Cara, que saboroso é voltar a ler seus textos!
Ótimos, como sempre.By the way, dei uma ressucitada no meu, dá até pra saber um pouco do que se passou nessa vida bandida.
A saudade aqui é grande!Um beijo na bunda.

Malu disse...

Gente, que saudades de você, menina! hahaha Minha companheira de posts.

Realmente, a morte dele foi uma tragédia dentre tantas as outras que as pessoas também tem e não são reconhecidas.
Só o acho uma pessoa. E bem de carreira, aliás.
Também tinha o meu respeito, apesar de não me interessar pelas tirinhas dele, mas lembro-me de quando era criança, as achavam um tanto ofensivas e pornográficas.

Cada um tem um Glauco na memória. A sua era de recortar. A minha era de se sentir ofendida.
hahahaha