sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Blue Valentine

Acabei de assistir Blue Valentine. Ou Namorados para Sempre, no título traduzido (terrível adaptação de título).

Não vou contar a história do filme, mas houve vários momentos em que me emocionei. E em nenhum momento eu estava feliz. Por mais que as cenas fossem felizes, eu chorava de tristeza.
Não me lembro de ter me sentido assim, como estou agora, com nenhum outro filme. Eu já terminei vários filmes em prantos, me emociono com uma certa facilidade. Mas eu não terminei este em prantos. Eu terminei triste.
Um pouco depois do fim eu tentei conversar sobre o filme com o Igor. Não consegui ir longe, meu olho ardeu e me deu um nó na garganta. E eu também vi os olhos dele se molharem.
Mudamos de assunto. Antes de vir embora pra casa eu só reforcei o quanto eu tinha gostado do filme, mas não tentei mais conversar sobre ele.
No carro, voltando, chorei o percurso todo. Me dói, parece que foi comigo, parece que eu realmente tenho motivos pra ficar triste. Ainda no carro eu tentei me convencer a parar de chorar pensando nisso, que não é comigo, não tem porque eu ficar assim.

Quando as cenas me voltam à mente, quando começo a remoer tudo o que aconteceu no filme, me dá vontade de chorar de novo.

Em conflito com a tristeza que estou sentindo está a  felicidade de ter visto um filme tão bom. Realmente muito bom.

Não indico pra qualquer pessoa.
Não deve ser visto num dia triste, mas também acho que não deve ser visto num dia totalmente feliz.

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