- O que você viu enquanto voltava para casa?
- Como assim?
- O que você viu no caminho?
- Nada.
- Nada?
- É, nada.
- Impossível.
- Como assim? O que você quer saber?
- Você viu algum poste?
- Lógico.
- Quantos?
- Ah! Vou saber...
- Mas então você viu alguma coisa.
- Ué, vi.
- Então?
- Nada.
- Nada?
- Ué, nada! O que você quer?
- O que você viu?
- Vi três meninos batendo figurinha na porta do colégio; vi um restaurante que chamava “Nosso Lar”, me perguntei se o dono seria espírita; vi muita gente com roupa de ginástica na porta de uma academia; vi dois caras falando de um jogo de futebol; vi um carro de auto escola com a instrutora explicando algo sobre rotatórias para o aluno; vi um cara fazendo baliza; vi um cruzamento que tinha todas as esquinas chanfradas, pensei nas aulas de urbanismo; vi uma cadela no cio deitada no meio da rua com cinco outros cachorros em volta dela, e os carros desviando de todos eles; vi uma casa amarela que tem uma arquitetura bonita, diferente; passei por uma casa que tinha dois cachorros velhos, um pequeno e um grande, que não estavam mais lá, me perguntei se eles haviam morrido; passei por uma outra casa que tinha um Pit Bull vira-lata que abanava o rabo pra mim, mas ele não estava lá; e passei por outra que tem um Poodle preto que sempre late muito, mas ele estava dormindo; passei por uma mãe com uma criança levando o cachorro pra passear, o tênis da menina piscava e eu me perguntei o que será que o cachorro achava daquilo; passei por uma meleca amarela no chão que parecia mostarda velha; passei por um ferro-velho que tem uma placa de “Cuidado com o cão”, mas nunca tem cachorro nenhum lá; passei por uma moça perguntando pra vizinha se o controle que ela tinha achado mais cedo no quebra-molas era dela – não era; passei por um muro escrito “vende-se” e dois números de celulares embaixo, um começava com 88 e o outro com 91... mas, sei lá! Não reparo muito nessas coisas!
- Vi três meninos batendo figurinha na porta do colégio; vi um restaurante que chamava “Nosso Lar”, me perguntei se o dono seria espírita; vi muita gente com roupa de ginástica na porta de uma academia; vi dois caras falando de um jogo de futebol; vi um carro de auto escola com a instrutora explicando algo sobre rotatórias para o aluno; vi um cara fazendo baliza; vi um cruzamento que tinha todas as esquinas chanfradas, pensei nas aulas de urbanismo; vi uma cadela no cio deitada no meio da rua com cinco outros cachorros em volta dela, e os carros desviando de todos eles; vi uma casa amarela que tem uma arquitetura bonita, diferente; passei por uma casa que tinha dois cachorros velhos, um pequeno e um grande, que não estavam mais lá, me perguntei se eles haviam morrido; passei por uma outra casa que tinha um Pit Bull vira-lata que abanava o rabo pra mim, mas ele não estava lá; e passei por outra que tem um Poodle preto que sempre late muito, mas ele estava dormindo; passei por uma mãe com uma criança levando o cachorro pra passear, o tênis da menina piscava e eu me perguntei o que será que o cachorro achava daquilo; passei por uma meleca amarela no chão que parecia mostarda velha; passei por um ferro-velho que tem uma placa de “Cuidado com o cão”, mas nunca tem cachorro nenhum lá; passei por uma moça perguntando pra vizinha se o controle que ela tinha achado mais cedo no quebra-molas era dela – não era; passei por um muro escrito “vende-se” e dois números de celulares embaixo, um começava com 88 e o outro com 91... mas, sei lá! Não reparo muito nessas coisas!
2 comentários:
So nice! A casa amarela bonita podia ser a minha, com dois cachorros NOVOS, um grande e um pequeno, abanando rabo pra vc, minha amôra!
Ah, a casa tá quase pronta! hahaha
Quando volto pra casa da faculdade fico pensando que se não parar de rir talvez não chegue viva.
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