Das musiquinhas e historinhas para os sobrinhos.
Dos diminutivos.
Do tricô e do crochê.
Das ceias dos natais.
Da salsicha enrolada com massa de pastel de depois do clube.
Do bolinho de arroz.
Da mãozinha macia de princesa.
Das roupas diferentes.
Do apartamento pequenininho de Santos.
Dos bonequinhos safadinhos.
Das colagens na parede.
Do bom humor.
Do dinheirinho deixado na árvore para os sobrinhos.
Dos gestos espontâneos.
Das histórias de viagem.
Da mastigação da língua.
Da voz afinada.
Da cantoria na cozinha.
Das artes.
Da janela do apartamento de Poços.
Eu sempre me fascinei por ela, pela vida diferente que ela levava, pela pessoa diferente que ela era. Tive uma ligação muito forte com ela. O natal vai ser incompleto, assim como a casa da minha avó. O mundo vai ser incompleto.
Guardo as mais doces lembranças.
A amo profundamente.
2 comentários:
ah, que emoção ler isto....tia Glória e a revista Manchete no final de semana, do dar de ombros para o que minha mãe falava, das canções portuguesas....
lembra-me um fado amado....
Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo
Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo
Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo
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