Em meio há tantas cartas pedindo por skates e Barbies, haviam algumas tocantes.
Algumas pediam cesta básica, porque a vontade de comer era maior que a vontade de ter qualquer brinquedo. Uma que eu escolhi pedia livros, porque queria ser incentivada a leitura.
Mas fui tocada por uma específica, que só vi quando fui levar os presentes que comprei.
Quando eu estava deixando as sacolas eu vi uma cartinha diferente, aí peguei na mão pra ler.
Era uma carta em braille, que pedia uma máquina de escrever em braille porque aquela era emprestada.
Nessas horas eu tenho ódio de mim mesma, de reclamar de qualquer coisa na minha vida.
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