Dia frio. Você respira fundo e se levanta para ir tomar banho. Entra no banheiro, tranca a porta. Agora, mais coragem. É preciso ficar nu. Respira fundo mais uma vez e tira toda a roupa. Entra no box. Calcula meticulosamente uma posição estratégica para abrir o chuveiro sem se molhar, porque logo que abre a água está fria, gelada. Gira a torneira uma única vez. Posiciona a palma da mão no meio do caminho da água. Ainda não está bom. Este chuveiro é uma droga, não esquenta nada. Aí, gira alguns milímetros e testa novamente. Continua frio. É, tem que apelar para a técnica de fechar o chuveiro bem vagarosamente e atentar o ouvido para o som elétrico que indica quando o chuveiro está prestes a desligar. Desliga e religa o chuveiro umas duas vezes até conseguir mantê-lo ligado, numa posição bem vulnerável. Espera alguns segundos para ver se não vai desligar mesmo. Coloca a mão na água de novo. Uau, agora está bem quente, mas vai assim mesmo. Entra lentamente debaixo da água, para o corpo acostumar com a temperatura e não cozinhar. Molha a cabeça e começa a se acostumar com a temperatura fervente. Derrama um bocado de xampu na mão, dá um galeio “semi-automático” com a mão para levar o xampu à cabeça. Começa a esfregar, forma-se muita espuma. De repente, o chuveiro resolve desligar.
Murphy maldito.
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