Estranhamento. Você deve olhar o objeto de forma diferente. Não dê nome ou rótulo. É a coisa.
Sem tentar imaginar se está certo ou não, simplesmente desenhe as linhas que vê. As curvas, as retas, as sombras e as luzes.
Fique embriagado pelas linhas, pela forma, pela iluminação, pelo conjunto todo.
Deixe-se levar.
Filtre os sons alheios, as sensações, as impressões.
Veja o objeto. E nada além do objeto.
Nunca olhe o desenho. Sua auto-censura tentará corrigi-lo. Não permita isso, nunca.
Não permita que sua mente pense em qualquer outra coisa além do desenho por uns 15 minutos.
E se conseguir... eis a concentração. Aí você alcança o estágio de concentração necessário para produzir coisas belas e sujas.
E volte para o mundo.
E hoje o universo se expandiu.
E eu não quero ficar procurando um motivo óbvio para a vida. Porque hoje, me basta você.
Um comentário:
Descritivismo perfeito!
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