Assumo, a política do pão e circo, de vez em quando, funciona comigo.
Acho lindo o país do futebol se destacar em outras coisas, mesmo que seja no esporte.
Acho lindo algum brasileiro se destacar por qualquer coisa.
Ano passado, assisti à fórmula 1 todos os domingos. Adorava ver o Massa deixando aqueles metidinhos de países desenvolvidos para trás.
Na última corrida eu realmente achei que ele ia ganhar. Só precisava da ajuda de Murphy para o Hamilton rodar, ou quebrar, ou ser ultrapassado pelo Vettel. Como foi. E o Massa em primeiro. E ele ia ganhar. E a minha pressão baixou. E ele passou pela linha de chegada. E ele era campeão. E o Glock ficou para trás. E o Hamilton ganhou. E o Massa chorou. E eu chorei com ele.
Aí nesse ano perdeu a graça. O Rubinho teve uma sorte do capeta, mas, pra variar, só fica em segundo. Aliás, nem sei, parei de assistir. Mas nesse último sábado meu irmão me ligou.
"Tá vendo o que tá acontecendo?" - "Não, o quê? Que medo!" - "Medo mesmo. Liga na Globo aí, depois a gente se fala."
O cara que (pelo menos no ano passado) fazia todo mundo levantar cedo no domingo, bateu. Passou reto numa curva, bateu com força. Alguma peça voou no capacete dele.
Nenhum comentarista, em nenhum canal, teve coragem de falar nada. Mas e a semelhança? E o medo de perder outro campeão brasileiro de fórmula 1?
O Brasil inteiro pensou no Senna. E todos tiveram medo de perder o Massa.
Não foi a mesma coisa, depois de um tempo o Massa acordou. Mas ele não está muito bem, vamos ver no que vai dar.
Puro pão e circo. Mas adoro. Caí no esqueminha.
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