Passei muito tempo longe da internet.
Não sei mais no que confiar. Deixei de ver algumas amigas várias vezes por desencontro de informações. Mensagens de celular que nunca chegam, ligações que nunca foram recebidas.
“Este celular se encontra desligado ou fora de área” Será?
Quase não me inscrevi para um estágio por causa de um e-mail que nunca chegou. E a resposta do estágio? Nunca recebi, o e-mail de resposta também não veio.
E o pior de tudo é que a falha da tecnologia dá abertura para se duvidar dos seres humanos.
Como é que vou saber realmente se a mensagem nunca chegou? Se a ligação não foi recebida? Se não foi por falta de vontade de atender ou de responder? Ou preguiça? Ou esquecimento? Ou...? Como vou saber?
Só sei que não dá pra confiar nisso tudo mais.
Ligação de telefone? Também não dá. As frases vem em pedaços, ou a voz vem muito baixa, ou a ligação cai no meio, ou há interferência...
Nem o MSN funciona. Pode ser que você não esteja vendo alguém que está online, pode ser que você não receba a mensagem de alguém, pode ser que mensagens mandadas offline nunca sejam enviadas.
Há um mar imenso de possibilidades pra tudo dar errado.
Pra dar certo só tem um caminho.
A comunicação indireta está entrando em colapso.
It doesn't, and you can't, I won't, and it don't, it hasn't, it isn't, it even ain't, and it shouldn't, it couldn't.
domingo, 25 de abril de 2010
Communication Breakdown
sexta-feira, 9 de abril de 2010
It works.
Sabe quando você escuta, sem querer, aquela música horrível que ta na moda e que gruda no ouvido?
Sabe quando você passa o dia todo com a única frase que você sabe de uma música na cabeça e nem se suporta mais por cantar a mesma coisa o dia inteiro?
Sabe quando você fica cantarolando qualquer coisa que você nem sabe a letra, mas que escutou no rádio do carro de alguém?
Sabe quando a música da novela que a sua mãe ta assistindo não sai da cabeça?
Sabe?
Achei uma solução.
Esqueça de tudo, concentre-se e cante:
Na, na, na, nananana, nananana, hey Jude!
Pronto. Você esquece a outra e fica momentaneamente feliz cantando "Hey Jude".
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Lost dream
Lembro que estava no avião. O Igor estava lá também. E eu sei que todas as pessoas da ilha de Lost também estavam lá, acho que não vi ninguém, mas sei que estavam. Estávamos todos voltando da ilha. Acho que íamos pousar em Salvador. O piloto era sem noção. Não era o Lapidus. Voava baixo o tempo todo, se divertia, batia a "barriga" do avião na água do mar de vez em quando. Mas eu fiquei bem insegura quando passamos por uma praia com avestruzes voadores. Achei que podiam bater na turbina e causar um acidente. Conseguimos chegar à Salvador, mas não podíamos pousar, estávamos sem uma lâmpada na frente do avião, precisávamos entrar em contato com a torre, mas não dava certo. Acho que na verdade estávamos, sem perceber, numa dimensão diferente da que estávamos vendo. Porque as pessoas não nos notavam. o avião voava baixo pela cidade. Com o trem de pouso baixado, o piloto andava pela avenida de vez em quando. Passava de lado pelos prédios, fazia muita graça. Ele testava a luz da frente e pedia pra gente ver se acendia um aviso nas nossas poltronas de que ela estaria acesa. Mas acho que estava em curto. Ele começou a andar numa avenida larga e pediu pra eu e o Igor descermos, não lembro porquê. Descemos com o avião em movimento, naqueles escorregadores de emergência. Começamos a andar pela rua e percebemos que ninguém nos notava. Só uma japonesa que carregava uma maca. Ela me viu, me olhava o tempo todo. Aí eu acordei.
domingo, 4 de abril de 2010
Chocolate
O título do post seria Páscoa, mas acho que faz mais sentido Chocolate.
Ah, quanto tempo sem postar! Fiquei sem internet por tempo demais.
Sempre penso que quero fazer meus filhos passarem por todas as coisas mágicas que passei quando era criança. Era muito mágico seguir pegadinhas de coelho pelo quintal até chegar num embrulho com cara de coelhinho, que tinha um ovo de Diamante Negro dentro. Assim como era fantástico ficar procurando o trenó do Papai Noel no céu depois de achar os presentes.
Essas mentirinhas não traumatizam ninguém. Eu nunca vi uma pessoa revoltada com a vida porque foi enganada por anos pelos pais, achando que existia um coelhinho que realmente fabricava ovos de chocolate. Todo mundo lembra dessas coisas com carinho. E quero que meus filhos lembrem também.
E nem vou precisar me esforçar tanto pra não ter que repassar a conotação religiosa de todos estes feriados. Já é quase nula. Páscoa lembra ovo de chocolate e Natal lembra presentes. Todos os feriados lembram a família e pronto. Dia de ficar com a família comendo algo gostoso. Por quê? Porque sim.
- Mas e Jesus?
- Quem?
- ... esqueci. Me passa um chocolate?
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