quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mãe e Pai

Vê-los chorar é a mesma coisa do mundo vir à baixo.
Meus pais são grandes parâmetros meus.
Então a tristeza deles significa que a situação toda é deprimente mesmo. E a preocupação deles significa que algo grave está acontecendo.
Quando criança, enxergava meus pais como as pessoas mais fortes, mais calmas, mais corretas.
Essa visão veio comigo.
Já sei ver o que é correto por minha conta. Sei ser calma (sometimes). E também sei ser forte, se for preciso.
Eu posso lidar com certas dificuldades, posso me virar sozinha.
Mas ainda conto com eles, são meu apoio.
Sendo assim, ver o meu apoio ser enfraquecido por uma gripe qualquer já é algo meio apavorante.

Por enquanto, preciso que eles estejam bem, para eu estar bem também.

Será que todo mundo carrega um pouco dessa visão?
Porque se uma coisa apavora os pais, quer dizer que é horrível mesmo, a ponto de fazê-los fracos frente aos filhos.
O principal sempre é passar segurança aos filhos. Se algo os deixa tão inseguros a ponto de apavorarem junto aos filhos, seu parâmetro de "calma, vai ficar tudo bem" acabou.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ilustrada

Não sei bem a ordem, mas sei que a primeira é sempre do Angeli.
E a segunda é sempre do Laerte.
E a terceira é sempre do Glauco. Ainda bem, porque o jornal vem dobrado bem no meio da terceira, e eu odeio o Glauco. As piadas dele não tem graça. E o desenho é muito feio, a noção de movimento que ele dá é irritante.
Mas quando muda um pouco os cartunistas, quando colocam o 'Moon Bá' e o Allan Sieber aí é a melhor tirinha que fica em terceiro lugar, a do Laerte.
E eu prefiro quando vem mais preenchido com as tirinhas nacionais, e não quando tem o Chris Browne e o Jim Davis. Afinal, o Hagar não é tão engraçado assim, e o Garfield às vezes é bobo.
Se for só pra preencher, por que não com o André Dahmer? Podia ter um Malvadinho de vez em quando. Mas talvez o Dahmer, diferente do Adão, não aceite mudar as coisas "sujas" das tirinhas pra poder sair no jornal.

Enfim, eu tenho passado tempo demais recortando tirinhas.
Um dia ainda encapo alguma parede.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Meaning

Ouvindo a música "Sobre o tempo", do Pato Fu, fiquei pensando em como as coisas passam rápido.
Eu sempre tenho a impressão de que quando eu era mais nova passava mais devagar. Um ano demorava uma eternidade, uma tarde era um tempão. Aí eu fui crescendo (em sentido figurado, claro) e o tempo foi diminuindo. Quanto mais coisa eu tenho interesse em fazer, menos tempo eu tenho.

E pensando nisso eu continuo a me perguntar qual o sentido disso tudo.
Qual o sentido da vida?

Eu não sei, não tenho a menor ideia.
Eu não acho que vou pra lugar nenhum depois desse meu tempo, mas não imagino como vai ser.
Eu não lembro como era antes de eu nascer, eu não sentia nada. Então depois que morrer eu paro de sentir, eu simplesmente paro no mundo? Eu queria saber o que eu vou sentir. Ou melhor, o que eu não vou sentir. Qual será a sensação de parar de existir? Bom, não quero descobrir tão cedo.
Mas, seja qual for a sensação lá no final, que diferença eu faço por aqui? Por que eu existo?
Mais uma vez, eu não sei.

O que eu sei é que tenho pessoas na minha vida que fazem valer a pena estar por aqui.
E isso me basta.

P.S.: por favor, que fique claro, este não é um post depressivo. É apenas um post reflexivo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Quiz

A soma do tédio com a curiosidade geraram um quiz sobre mim.
Tédio porque eu estava caçando algo pra fazer quando a Laura me mandou o quiz dela pelo MSN. Depois de resolvido eu só podia ver meu resultado criando um login e uma senha. A Laura é uma pessoa distante de mim, eu queria saber o quanto eu tinha acertado sobre ela. Com a conta feita, o capetinha do tédio me cutucou e me convenceu a fazer um sobre mim.
Interessante.
Um quiz pode não querer dizer que a pessoa é sua amiga menos que as outras, ou que é mais desatenta. O quiz só mostra o quanto você conversa com aquela pessoa. E nada mais.
As perguntas são sobre coisas que você repara na convivência, sobre coisas do seu passado ou do seu futuro que você já comentou com alguém. Ou seja, com quem você conversa mais, sobre tudo.
Mas é interessante ter um ranking das pessoas que você conversa mais.

Anyway, pra quem quiser: http://www.xisde.com.br/xD/luizinha_gia/1/

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Um jogo


A arte do desenho.
A arte da música.
A arte da lógica.
A arte do jogo.

Machinarium.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Bass

Eu tentei. Realmente tentei.
Aprendi algumas músicas, poucas. E mesmo assim não as executava perto de ninguém. Só quando estava sozinha e sabia que ninguém iria notar a minha falta de talento, aí sim, eu tocava.
Eu nunca achei que tivesse talento, e nem que teria uma banda, e nem nada parecido. Eu só achava legal.
Com a faculdade, faltava tempo. Eu tinha coisas demais pra fazer, e no tempo livre eu ia ver filme ou descansar.
Vai ver não era pra mim, nunca foi. Mas foi, sem dúvida, um dos melhores presentes. É como se eu sentisse que alguém ainda achava que eu poderia ter talento. E isso era legal.
Eu me divertia com as poucas vezes que tocava, mas assumo, era pouco.
Aí ele foi levado pra Valinhos, e tava demorando pra voltar.
De fato, ainda não voltou. Mas vai ver era o impulso que eu precisava pra criar vergonha na cara e desistir. Parar de tentar tocar o que eu não consigo. Parar de enganar, fazer acharem que tenho algum talento. Não tenho. Não pra isso.
Então eu desisto oficialmente.
E dou de presente, pra quem sabe tocar, vai aproveitar.
Num pensamento bem Phoebe Buffay "ele não estava cumprindo a sua missão, não estava sendo tocado suficientemente".

So... Mimo, keep it. As a gift for your birthday.
Bye, bye sunburst.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sessão ruim

Acabei de voltar do cinema, fui ver Sherlock Holmes.
Adorei as partes do filme que assisti sem ódio na mente. Adorei mesmo.
O grande problema foi que o ódio tomou conta da minha mente por metade da sessão.
Depois de sentada e acomodada, depois de ver os trailers, os créditos iniciais, depois de já surgir o Sherlock na tela e quase todos os personagens principais, entra um grupo de adolescentes, fazendo graça uns para os outros. Gritando, falando alto. Sentaram-se na última fileira, como eu poderia supor, e lá continuaram falando alto, gritando, fazendo barulhos e colocando o celular pra tocar. Meu corpo ficou quente, eu conseguia sentir meu pulso em qualquer parte do corpo.
Pensei na minha espingarda de chumbinho, que seria ideal para ferir a testa de cada um daqueles delinquentes. Mas como não a possuo mais, pensei então em apenas subir até lá e ofender profundamente cada um deles.
Aí então eles se calaram. Por um tempo.
Dali um pouco, quando eu já tinha me esquecido do ódio, mas não do fato de que realmente pretendo ver esse filme novamente, eles me lembraram que existiam. Jogaram Fanta uva em mim, minha mãe e mais uns dois caras na fileira da frente, que gritaram "Joga Coca, não curto muito Fanta uva!". Começaram a conversar e a existir novamente, aí entrou o lanterninha, deu uma bronquinha que os manteve quietos por alguns minutos. Mais tarde, depois de mais arremessos de refrigerante, o filme pausou e entraram três funcionários do cinema.
Foi meio atrasada a atitude, os garotinhos de espinhas na cara e as garotinhas que menstruaram anteontem tiveram tempo demais para atrapalhar o filme. Mas foi legal poder olhar para a cara de todos, muito bem, e realmente saber quem estava atrapalhando.
Acredito que eles não tinham a intenção de serem expulsos. Acho que cada um tirou a notinha de 5 do bolso pra atrapalhar a sessão toda e sair rindo porque ninguém teria visto a cara deles direito. Então foi justo.
No final da sessão estragada, ainda vi os malditos do outro lado da rua do cinema. Só pude encará-los, mas queria mesmo é ter algumas garrafas de Fanta uva de dois litros pra arremessar na cabeça de cada um. Fechadas.

Ah! Eu precisava desabafar!

domingo, 10 de janeiro de 2010

C_MPL_TE

Eu gosto de dormir tarde.
Minha mãe gosta de dormir cedo.
E por isso eu sempre escuto umas duas vezes por noite um "vai deitar", até ela dormir mesmo.
Mas tem um problema maior nisso.
Quando a minha mãe vai se deitar e a casa fica silenciosa, escura, eu me sinto solitária.
Antigamente a TV dava conta do recado. Bastava eu deitar em qualquer lugar e ligar a televisão que eu não pensava em mais nada, não percebia a minha solidão, e adormecia distraída pelas imagens.
Mas a TV não me atrai, nem me distrai. Se tornou insignificante, e aí não me ajuda mais a dormir.
Então agora, nessas noites que a solidão vem me visitar, eu fico pensando em você. E é o mais próximo que eu chego do sentimento, tão oposto à solidão, que é quando estou com você.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Cama

Hoje eu to bem preguiçosa.
Vontade de passar o dia inteiro na cama.
Talvez seja porque esse lençol velho é uma delicía.
Talvez seja porque está friozinho.
Talvez seja porque eu queira sonhar com você.
Talvez seja porque eu sei que se levantar eu tenho que ir pra auto escola.
Talvez seja porque meu quarto está uma bagunça e eu prefira fechar os olhos.
Não sei exatamente porquê.
Mas hoje eu queria passar o dia na cama.
Ou pelo menos o dia todo de pijama.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Infelicidade

A infelicidade me incomoda.
Não a minha. Quer dizer, a minha também. Mas é principalmente a dos outros.
Me dói muito ver um sorriso no rosto de alguém que sofre, porque eu acho esse sorriso falso, eu penso que é uma alegria muito momentânea, e que logo depois essa pessoa vai lembrar de tudo que a aflige, tudo que a incomoda. E eu fico pensando em como essa pessoa se sente à noite, deitada na cama, antes de dormir. No que ela pensa, se ela dorme bem, se ela sofre... e eu acho tão errado que essa pessoa divida sorrisos com os outros, e não essas aflições.
Um bebê, na sua pureza, chora por tudo, grita por tudo. Ele não sabe de que forma se expressar, então, qualquer incômodo é motivo para chorar: frio, calor, fome, xixi, cocô, saudade, aperto. E quando a felicidade do bebê não cabe mais nele, ele grita. É um gritinho agudo, mas bonitinho. Você percebe a felicidade e a excitação nele.
Quando cresce, o bebê aprende que tudo isso é inadequado. É feio. Não pode chorar por tudo. Não pode gritar de felicidade. Ele deveria aprender a lidar com as coisas e a não querer chorar por tudo. Mas não é assim que ensinam. Não ensinam a lidar com as coisas. Ensinam a simplesmente engolir o choro e passar por cima das coisas. E a ser menos eufórico e escandaloso em seus momentos de felicidade.
E esses bebês serão pessoas introvertidas, que vão guardar suas mágoas até ganharem uma úlcera, ou uma depressão, ou ambas. E quando ficarem felizes... vão chorar.
E assim todo mundo vai rumando para a sua infelicidade.
E eu, me incomodo em perceber a infelicidade de qualquer pessoa.
Mas o que mais me dói, o que mais me dói mesmo, é perceber a infelicidade em alguém que gosto muito. Isso não só dói, como me deixa infeliz.
Sei que isso não é bem certo, que eu deveria ser feliz apesar de todas as pessoas.
Mas não sei fazer isso.
E vai ver é por isso que devo voltar a ver minha psicóloga.

Mallu

Eu já gostei, desgostei, gostei e desgostei de novo. Mas ela sempre tem algo que me agrada. Ou tira algo que eu queria falar lá do fundo do meu peito. Então eu gosto mesmo dela.

Make it easy

It's been hard days for mamma
And hard days for me too
I keep fighting for my love
As a woman
And mamma cries
As I knew she would do
It shouldn't be that hard
No, mamma
We'll accept each other
And make it easy
Love is no problem
No, mamma
We'll love each other
And make it easy
Life is good
Life is so fine
Dear mamma
Let's smile at life
And make it easy.

Mallu Magalhães

domingo, 3 de janeiro de 2010

Retrospectiva 2009

Foi um ano bem diferente.

- Objetivo, cursinho, UFOP - 1ª fase, PUC Poços, trote, Arquitetura e Urbanismo;
- Cabelo curto, Pi, 2º e 3º furo, alargador, 3 quilos;
- Fondue de queijo, fondue de chocolate, bolacha de maisena com Nutella, Disney Lanches, Baiúca, Begalli, Subway, bolo salgado;
- Corujão, K2, Mekanos, Lab Zeppelin, Beatles Cover, Dose Dupla, Pharmacy, New York, Let's Rock;
- Blue Velvet, Fantasia 2000, Inglourious Basterds, Fargo, Lat den rätte komma in, Up, Casino, Reservoir Dogs, Shaun of the Dead, Hot Fuzz, Adventureland, Eyes wide shut, Turn curtain, Monty Python and the Holy Grail, Life of Brian, Monty Python Live at the Hollywood Bowl, Burn after reading, The international, Whatever Works, Ghost World, Drag me to hell, Los abrazos rotos, The big Lebowski, In Bruges, Entre les Murs, Under the Tuscan Sun, I heart Huckabees, I love you man, Última parada 174, Os normais 2, Marley & Me, Mazzaropi - Jeca contra o capeta, La faute à Fidel!, Harry Potter and the Half-blood Prince, Funny People e tecétera, porque eu não vou lembrar todos os filmes que vi esse ano;
- Lost, South Park, Spaced, Monty Python's Flying Circus, Capitu;
- Frank Zappa, The Do, Björk, Rush, Bela Fleck and the Flecktones, Mazzy Star, Cocteau Twins, Regina Spektor, Móveis Coloniais de Acaju, Muse;
- Wii, Machinarium, Passage.
- Festa surpresa;
- Inglaterra;
- Catetos;
- 8 de agosto, 11 de setembro;
- Minha pessoa;
- 3,5 casas;
- Óbvio utópico;
- Primeira, segunda, terceira e quarta elementas;
- Cartas;
- Casais e descasais;
- Desapaixonei, terminei. Apaixonei, tentei, desapaixonei, superei. Apaixonei, estou apaixonada. Amo;
- Nietzsche;
- Alta de anti-depressivo;
- 4ª e definitiva separação;
- Muitas felicidades;
- Algumas tristezas;
- 2010 vai ser melhor.