quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O vazio

Acho triste perceber quando um relacionamento é vazio.
Eu passei por isso há alguns dias. Reencontrei pessoas com as quais eu já sabia que não havia mais relacionamento algum. Houve, durante um tempo da minha vida, e foi bom, foi memorável. Mas rompeu-se, sem chance de voltar. Acontece que, por mais que eu já soubesse disso tudo, encarar isso e perceber no ato é difícil.
Eu ia dizer um “oi” de longe e tentar não encarar essa situação, mas falhou. Essas amigas pararam e me cumprimentaram, uma a uma, com um abraço frouxo e um beijo de bochecha com bochecha. Alguns segundos de constrangimento, pela total falta de assunto, e a finalização com um “até mais então”.

Esse vazio começa quando você pergunta “tudo bem?” sem se interessar pela resposta. Quando você sente que parar para dar um beijinho é obrigação. Quando você cumprimenta sorrindo e tira o sorriso da cara assim que passa. Quando você esquece o que a pessoa tinha de interessante. Quando você esquece o nome.
Esse é o tipo de relação que todo mundo tem com pelo menos 50% das pessoas no seu orkut ou facebook. Ou vai dizer que você não adiciona a sobrinha do ex-marido da sua vizinha?
É desnecessário e constrangedor.
Mas é triste quando um relacionamento se torna vazio, quando a pessoa significava alguma coisa que você não lembra.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Rape of Proserpina


Este é o nome de uma obra de Gian Lorenzo Bernini.

Eu sempre gostei mais de pinturas e esculturas mais abstratas, mais criativas, que não reproduzem simplesmente o real, mas que o fazem de alguma forma diferente e legal. É lógico que eu sempre admirei o nível de detalhes que as pinturas e as esculturas realistas tem, a preocupação com o caimento da roupa, do tecido, os músculos contraídos ou relaxados, a deformação de um corpo encostado em alguma coisa. Isso é bonito justamente por você ver que o cara olhou todos os mínimos detalhes, não deixou escapar nada. É fantástico. Mas eu sempre preferi as obras mais criativas.
Porém, na minha última aula sobre arte, cresceu uma admiração dentro de mim. Uma admiração por uma obra específica.
A tradução para o português é "Rapto de Proserpina". Mais suave. Como não deveria ser, já que eufemismos não combinam com as obras de Bernini.
Eu fiquei encantada com a perfeição toda da obra. Esculpida, não pode haver erro, não tem borracha.
Um dia ainda verei de perto.
Destaquei o detalhe da obra que mais me impressionou. Acho que impressiona a qualquer um.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

B.Y.O.B.

Bring Your Own Bombs.


domingo, 8 de agosto de 2010

It's getting better

...since you've been mine.

It’s been a year since you held my hand and didn’t let go until the end of the night.
And after that, how could I possibly let you go?
If I had any doubt about my feelings for you, it went away in the moment you hugged me, a year ago.
It was a magical night from the beginning. Every single detail happened in the most perfect way, it shouldn’t be anyway, anytime, anywhere and with anybody else, but you.

I wanna hold your hand. Forever.

I love you.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Evolucionismo x Criacionismo

Esse título me convenceu a ir a uma palestra tosca. Espero que convença alguém a ler esse post revoltado.

Eu realmente achava que os criacionistas elaboravam teorias que pareceriam lógicas, eu achava que, no final das contas, a única parte obviamente ilógica da teoria deles seria Deus por conta de tudo. Como eu os superestimava.
Na última sexta-feira fui a uma palestra sobre criacionismo. Na verdade eu achava que seria uma palestra de discussão sobre a tal polêmica entre evolucionismo e criacionismo, mas foi uma argumentação unilateral ridícula. Aliás, aquilo não é argumentar, aquilo é falar asneiras baseadas em mentiras para um monte de asnos ouvirem. E, eventualmente, três evolucionistas. O palestrante era um teólogo presbiteriano, ele reapresentou a sua tese de mestrado baseada no discurso científico. Basicamente ele explicou que toda divulgação científica para leigos é tendenciosa, porque quem a divulga esta de um lado da briga ExC. Ignorando, é claro, o fato de que até os gestos e as expressões faciais dele eram tendenciosas. O que não é falha de argumentação, a não ser que você aponte como uma e acabe fazendo papel de idiota. Mas esse não foi o principal problema. O coração começou a acelerar mesmo quando ele subestimou o público e começou a apresentar argumentos sem fundamento algum. Citou livros e mais livros que ele nunca leu, criticou uma teoria que ele nunca estudou, omitiu qualquer detalhe irrelevante aos olhos dele e deu a força de um peteleco aos argumentos dos criacionistas ali presentes. Com uma planilha de Excel ele provou várias coisas, menos as que ele queria. Eu ainda não sei se ele foi muito espertinho, por ter convencido aqueles ingênuos crentes, ou se ele é tão ingênuo quanto eles. O que eu sei é que ele tentou provar que 8 + 2 são 10 então, segundo seus estudos, a Terra só poderia ter a população que tem se a arca de Noé tiver existido. Segundo a teoria da evolução a Terra teria um número que nem cabe no Excel, porque tem mais de 30 dígitos, e a seleção natural é algo a ser ignorado, se não os cálculos dele dão errado.
Ah é, essa última parte ele não disse lá. Aliás, eu nem sei se ele sabe do que se trata a seleção natural, ele não estudou isso pra palestra.

Eu não vi a palestra de um estudioso, eu vi a palestra de um fanático religioso, por mais que ele não goste desse título.

OBS.: é particularmente engraçado ver o Microsoft Word grifar de vermelho as palavras “criacionismo” e “criacionista”.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Meu espaço

Inspirada pelo post da Malu, do blog Coisas não-ditas, eu tive um flashback.
Quando eu era criança, achava legal ter um espaço só pra mim. Eu amava o meu quarto, mas eu precisava de um lugar só meu mesmo, onde só eu entrasse. Sempre sonhei em ter uma casa na árvore, pequenininha, simples. Uma vez ganhei uma barraca da Mônica, era de tecido com uma armação de madeira. Mas, sei lá, não foi o suficiente, não sei se era por ser de pano ou por ser móvel, mas não deu a sensação que eu queria.
Acho que só consegui fazer uma barraquinha legal uma vez. Eu fiz uma bagunça com os sofás e alguns cobertores, armei um buraquinho onde só cabia eu e algumas coisas. Levei pra lá água, um pacote de bolacha, bichinhos de pelúcia e coisas pra dormir. Disse pros meus pais que dormiria lá. Não era muito cômodo, mas era o meu espaço. É lógico que no dia seguinte eu acordei na minha cama e aquilo tudo tinha sido desmontado, mas a sensação valeu a pena. Tanto que me lembro até hoje.
Eu achava que essa busca de criança por um espacinho próprio era coisa minha. Até eu assistir Onde vivem os monstros. Esse filme entrou pela minha mente e pela minha pele, mexeu com os meus sentidos e os meus sentimentos, buscou a minha infância lá no fundo e aflorou em lágrimas e uma nostalgia que durou uns dois dias.
Num certo momento do filme, quando o Max e os seus monstros já construíram um castelo enorme, com tudo que tivesse direito, ele sentiu falta de um espaço só dele. Aí ele pede pra um dos monstros fazer um buraquinho na parede, fundo, mas bem pequenininho, onde só coubesse ele. Acho que nesse instante eu devo ter ficado em posição fetal, tamanha a regressão na minha mente.

Só as crianças que já sentiram isso sabem do que eu estou falando.

Eu não sei explicar o porque disso. Talvez seja a sensação de esticar o braço e encostar a mão, talvez seja mais aconchegante, ou então pelo fato de só caber você.
Talvez os psicólogos saibam explicar, ou as topeiras, ou os cachorros com suas casinhas pra dormir. Eu não sei.
Mas até hoje eu gostaria de ter um lugarzinho desse pra fugir e ficar sozinha com os meus pensamentos de vez em quando. Um lugar sem janela, com uma entrada pequena, onde ninguém possa ver se estou sorrindo ou chorando, ou possa escutar se estou cantando ou falando sozinha em inglês, onde eu posso abraçar as pernas e ficar pensando por horas.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Glauco

Acabei de reler o meu post sobre o caderno de tirinhas da Folha de São Paulo (Ilustrada).
Como fui injusta. Tudo bem, eu não passei a gostar do Glauco depois que ele morreu, eu realmente não apreciava os desenhos e o humor. Mas eu fui injusta de não comentar nada sobre a morte babaca que ele teve. E querendo ou não ele foi revolucionário, não posso negar. Nunca neguei, ele tinha o meu respeito. Não na hora de recortar as tirinhas, porque realmente facilitava o trabalho passar a tesoura bem no meio da tirinha dele, que ficava na dobra do jornal.
Aliás, fica. E isso foi algo que não gostei. Acho que seria bonito e respeitoso ficar na saudade, e não ficar publicando tirinhas antigas.

Sobre a morte, que tolice. Até hoje eu não sei se o cara era psicótico ou se tava chapado de cocaína, ou Santo Daime, ou qualquer marijuana da vida, de qualquer forma é revoltante saber que essa mente genial, que zoava a violência, os drogadinhos, foi baleada pra fora daqui. Fácil assim.


segunda-feira, 7 de junho de 2010

Maligno

Uma vez, já faz algum tempo, eu recebi um e-mail bem trouxa. Não lembro bem qual era a moral, mas era algo alertando aos que blasfemam por aí.
Eu queria achar esse e-mail. Eu lembro que citava várias pessoas que disseram alguma coisa sobre religião ou deus e que se deram mal no final.
O John Lennon estava incluído. O que o e-mail dizia sobre ele eu lembro bem. Era algo do tipo:
"John Lennon disse uma vez que os Beatles eram mais famosos que Jesus. Você já sabe como foi o fim dele."
Ah! isso me provoca risos.
Não é possível que quem criou esse e-mail estava falando sério.
Digo porque assim que leio essa frase vem à minha mente: "Jesus dizia que era filho de deus. Olhe só o que aconteceu com esse!"

Ai, ai...
Eu queria então descobrir qual foi o pacto que o Oscar Niemeyer fez...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Diarreias Mentais

Zero.

Mas eu continuo postando.

O blog existe apesar das diarreias mentais.
Graças a Deus.

Ah, quando digo Deus é óbvio que quero dizer a minha força de vontade de continuar fazendo alguma coisa. Só dei um nome.

domingo, 9 de maio de 2010

Fama

Hoje a minha avó veio passar o dia aqui em casa. Ela adora aqueles programas televisivos de domingo à tarde, então fiquei assistindo com ela. Não me lembro da emissora ou do nome do programa, só sei que era apresentado pela Ana Hickmann. Ela recebeu a Geisy Arruda no programa. Quem é Geisy Arruda mesmo? Eu não lembrava, mas houve um vídeo para aqueles que já haviam se esquecido da tão famosa jovem que desfilou com um mini vestido rosa na Uniban. Depois da introdução houve um flashback para mostrar que, há duas semanas, ela tinha conseguido um namorado num programa daquele canal. Se referiam a ele como "o namorado da Geisy Arruda". Eles estavam no programa para fazer um teste de sintonia, para ver o quanto se conheciam depois de namorar por duas semanas.
Enfim, o interessante disso tudo é que foi perguntado a ele, num momento em que os dois estavam separados, o que ela poderia fazer que provocaria ciúme nele. Ele respondeu que ficaria enciumado se ela posasse nua. Quando ele confirmou isso na frente dela disse que não gostaria mas que entenderia, porque essa é a profissão dela.
...
Sacaram o interessante?

A resposta dele foi tão sutil que ninguém percebeu o ridículo. Nem ele, nem ela e nem a Hickmann.

domingo, 25 de abril de 2010

Communication Breakdown

Passei muito tempo longe da internet.

Não sei mais no que confiar. Deixei de ver algumas amigas várias vezes por desencontro de informações. Mensagens de celular que nunca chegam, ligações que nunca foram recebidas.
“Este celular se encontra desligado ou fora de área” Será?
Quase não me inscrevi para um estágio por causa de um e-mail que nunca chegou. E a resposta do estágio? Nunca recebi, o e-mail de resposta também não veio.
E o pior de tudo é que a falha da tecnologia dá abertura para se duvidar dos seres humanos.
Como é que vou saber realmente se a mensagem nunca chegou? Se a ligação não foi recebida? Se não foi por falta de vontade de atender ou de responder? Ou preguiça? Ou esquecimento? Ou...? Como vou saber?
Só sei que não dá pra confiar nisso tudo mais.
Ligação de telefone? Também não dá. As frases vem em pedaços, ou a voz vem muito baixa, ou a ligação cai no meio, ou há interferência...
Nem o MSN funciona. Pode ser que você não esteja vendo alguém que está online, pode ser que você não receba a mensagem de alguém, pode ser que mensagens mandadas offline nunca sejam enviadas.
Há um mar imenso de possibilidades pra tudo dar errado.
Pra dar certo só tem um caminho.

A comunicação indireta está entrando em colapso.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

It works.

Sabe quando você escuta, sem querer, aquela música horrível que ta na moda e que gruda no ouvido?
Sabe quando você passa o dia todo com a única frase que você sabe de uma música na cabeça e nem se suporta mais por cantar a mesma coisa o dia inteiro?
Sabe quando você fica cantarolando qualquer coisa que você nem sabe a letra, mas que escutou no rádio do carro de alguém?
Sabe quando a música da novela que a sua mãe ta assistindo não sai da cabeça?
Sabe?

Achei uma solução.
Esqueça de tudo, concentre-se e cante:
Na, na, na, nananana, nananana, hey Jude!

Pronto. Você esquece a outra e fica momentaneamente feliz cantando "Hey Jude".

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Lost dream

Lembro que estava no avião. O Igor estava lá também. E eu sei que todas as pessoas da ilha de Lost também estavam lá, acho que não vi ninguém, mas sei que estavam. Estávamos todos voltando da ilha. Acho que íamos pousar em Salvador. O piloto era sem noção. Não era o Lapidus. Voava baixo o tempo todo, se divertia, batia a "barriga" do avião na água do mar de vez em quando. Mas eu fiquei bem insegura quando passamos por uma praia com avestruzes voadores. Achei que podiam bater na turbina e causar um acidente. Conseguimos chegar à Salvador, mas não podíamos pousar, estávamos sem uma lâmpada na frente do avião, precisávamos entrar em contato com a torre, mas não dava certo. Acho que na verdade estávamos, sem perceber, numa dimensão diferente da que estávamos vendo. Porque as pessoas não nos notavam. o avião voava baixo pela cidade. Com o trem de pouso baixado, o piloto andava pela avenida de vez em quando. Passava de lado pelos prédios, fazia muita graça. Ele testava a luz da frente e pedia pra gente ver se acendia um aviso nas nossas poltronas de que ela estaria acesa. Mas acho que estava em curto. Ele começou a andar numa avenida larga e pediu pra eu e o Igor descermos, não lembro porquê. Descemos com o avião em movimento, naqueles escorregadores de emergência. Começamos a andar pela rua e percebemos que ninguém nos notava. Só uma japonesa que carregava uma maca. Ela me viu, me olhava o tempo todo. Aí eu acordei.

domingo, 4 de abril de 2010

Chocolate

O título do post seria Páscoa, mas acho que faz mais sentido Chocolate.
Ah, quanto tempo sem postar! Fiquei sem internet por tempo demais.

Sempre penso que quero fazer meus filhos passarem por todas as coisas mágicas que passei quando era criança. Era muito mágico seguir pegadinhas de coelho pelo quintal até chegar num embrulho com cara de coelhinho, que tinha um ovo de Diamante Negro dentro. Assim como era fantástico ficar procurando o trenó do Papai Noel no céu depois de achar os presentes.
Essas mentirinhas não traumatizam ninguém. Eu nunca vi uma pessoa revoltada com a vida porque foi enganada por anos pelos pais, achando que existia um coelhinho que realmente fabricava ovos de chocolate. Todo mundo lembra dessas coisas com carinho. E quero que meus filhos lembrem também.
E nem vou precisar me esforçar tanto pra não ter que repassar a conotação religiosa de todos estes feriados. Já é quase nula. Páscoa lembra ovo de chocolate e Natal lembra presentes. Todos os feriados lembram a família e pronto. Dia de ficar com a família comendo algo gostoso. Por quê? Porque sim.

- Mas e Jesus?
- Quem?
- ... esqueci. Me passa um chocolate?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Bastardos Inglórios


O título do post dá até água na boca.
Mas infelizmente não vou falar do filme.
Sem querer, esse nome criou uma segunda conotação pra mim. Agora é também nome de um jogo.

É mais fácil convidar alguém para jogar "Bastardos Inglórios" do que "jogo do papelzinho na testa".

Recapitulando:
Ok, eu sou personagem, feminino, sou um ser humano, desenho da Disney, título do filme, não sou princesa, não viro princesa no filme, sou loira, jovem e não fui criada pela Disney.
Sou a Alice!

Yeah, não foi tão fácil assim, recebi vários nãos.
Divertidíssimo.
Ah, nesse carnaval eu fui Adão Iturrusgarai, Chewbacca, Meg White, Alice, Mega Man e Catherine Zeta Jones.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sistema

E vence o sistema mais cruel do universo.

Alguns, poucos obviamente, estão felizes, se adequaram ao sistema e deixaram de viver por um ou dois anos, em troca de uma faculdade com o nome forte. Passaram onde queriam, ou onde deu.
Outros, muitos, só conseguem então enxergar aqueles que estão no "topo". Param no tempo e se rendem à tristeza proporcionada pelo sistema.
Mas aquelas poucas pessoas que passaram ficam então na obrigação de dar certo. Imagine passar por isso de novo?
E há expectativas frustradas de todos os lados. A cobrança foi intensa, agora respiram um ar de fracasso por onde forem.
E o sistema realmente convence todos de que são burros! Incapazes!
Mas o sistema sempre está errado.
O sistema é injusto.
O sistema, este sim, é burro.

Feliz é quem se livra disso.
E percebe que vai passar por este planetinha uma única vez.
Percebe o que verdadeiramente vale a pena.

O sistema não seleciona os merecedores, seleciona os adestrados.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sometimes...

Sometimes, when I don't find the exact words that I'd like to say in a song, I write...

Se você virasse
E olhasse pra trás
Me pegaria te admirando.
Com cara de sonho
Cara de quero, volta, te amo,
Cara de saudade, de sono,
Cara de piedade, de tédio,
Não quero voltar pro prédio
Quero a praça e o abraço
Quero a mão, o rosto e o braço,
Quero a manhã, a tarde e a noite,
Quero hoje, amanhã e depois.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Jogada aos seus pés...

Eu estava na praça, sozinha, na minha, andando tranquilamente, quando vi uma cena horrível.
Aquela menina... foi chocante... eu olhei para os lados, para ver se alguém estava partilhando daquela visão comigo, mas mesmo com a praça cheia, ninguém havia notado.
Ela estava preparando desde antes, dava pra notar. O pior é que ela estava acompanhada, mas os amigos não faziam nada pra ajudar, ela simplesmente parava alguns passos atrás e...
Eu vi ela puxando o zíper da blusa até a metade, vi ela ajeitando o decote, vi ela puxar o cabelo pra cima do olho esquerdo, vi ela fazendo biquinho, vi o olhar, a pose... e, ah!, ela esticou o braço na diagonal, entortou a câmera com a lente virada pra ela, e tirou a foto!
Ah! Quanta vergonha alheia, devo ter ficado vermelha, senti meu rosto queimar. Como permitem tal gesto? Como ela tem coragem de proporcionar tal visão?

... sou mesmo exagerada.

Mas eu realmente sinto vergonha alheia de quem faz pose pra se auto-fotografar no meio da praça.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mãe e Pai

Vê-los chorar é a mesma coisa do mundo vir à baixo.
Meus pais são grandes parâmetros meus.
Então a tristeza deles significa que a situação toda é deprimente mesmo. E a preocupação deles significa que algo grave está acontecendo.
Quando criança, enxergava meus pais como as pessoas mais fortes, mais calmas, mais corretas.
Essa visão veio comigo.
Já sei ver o que é correto por minha conta. Sei ser calma (sometimes). E também sei ser forte, se for preciso.
Eu posso lidar com certas dificuldades, posso me virar sozinha.
Mas ainda conto com eles, são meu apoio.
Sendo assim, ver o meu apoio ser enfraquecido por uma gripe qualquer já é algo meio apavorante.

Por enquanto, preciso que eles estejam bem, para eu estar bem também.

Será que todo mundo carrega um pouco dessa visão?
Porque se uma coisa apavora os pais, quer dizer que é horrível mesmo, a ponto de fazê-los fracos frente aos filhos.
O principal sempre é passar segurança aos filhos. Se algo os deixa tão inseguros a ponto de apavorarem junto aos filhos, seu parâmetro de "calma, vai ficar tudo bem" acabou.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ilustrada

Não sei bem a ordem, mas sei que a primeira é sempre do Angeli.
E a segunda é sempre do Laerte.
E a terceira é sempre do Glauco. Ainda bem, porque o jornal vem dobrado bem no meio da terceira, e eu odeio o Glauco. As piadas dele não tem graça. E o desenho é muito feio, a noção de movimento que ele dá é irritante.
Mas quando muda um pouco os cartunistas, quando colocam o 'Moon Bá' e o Allan Sieber aí é a melhor tirinha que fica em terceiro lugar, a do Laerte.
E eu prefiro quando vem mais preenchido com as tirinhas nacionais, e não quando tem o Chris Browne e o Jim Davis. Afinal, o Hagar não é tão engraçado assim, e o Garfield às vezes é bobo.
Se for só pra preencher, por que não com o André Dahmer? Podia ter um Malvadinho de vez em quando. Mas talvez o Dahmer, diferente do Adão, não aceite mudar as coisas "sujas" das tirinhas pra poder sair no jornal.

Enfim, eu tenho passado tempo demais recortando tirinhas.
Um dia ainda encapo alguma parede.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Meaning

Ouvindo a música "Sobre o tempo", do Pato Fu, fiquei pensando em como as coisas passam rápido.
Eu sempre tenho a impressão de que quando eu era mais nova passava mais devagar. Um ano demorava uma eternidade, uma tarde era um tempão. Aí eu fui crescendo (em sentido figurado, claro) e o tempo foi diminuindo. Quanto mais coisa eu tenho interesse em fazer, menos tempo eu tenho.

E pensando nisso eu continuo a me perguntar qual o sentido disso tudo.
Qual o sentido da vida?

Eu não sei, não tenho a menor ideia.
Eu não acho que vou pra lugar nenhum depois desse meu tempo, mas não imagino como vai ser.
Eu não lembro como era antes de eu nascer, eu não sentia nada. Então depois que morrer eu paro de sentir, eu simplesmente paro no mundo? Eu queria saber o que eu vou sentir. Ou melhor, o que eu não vou sentir. Qual será a sensação de parar de existir? Bom, não quero descobrir tão cedo.
Mas, seja qual for a sensação lá no final, que diferença eu faço por aqui? Por que eu existo?
Mais uma vez, eu não sei.

O que eu sei é que tenho pessoas na minha vida que fazem valer a pena estar por aqui.
E isso me basta.

P.S.: por favor, que fique claro, este não é um post depressivo. É apenas um post reflexivo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Quiz

A soma do tédio com a curiosidade geraram um quiz sobre mim.
Tédio porque eu estava caçando algo pra fazer quando a Laura me mandou o quiz dela pelo MSN. Depois de resolvido eu só podia ver meu resultado criando um login e uma senha. A Laura é uma pessoa distante de mim, eu queria saber o quanto eu tinha acertado sobre ela. Com a conta feita, o capetinha do tédio me cutucou e me convenceu a fazer um sobre mim.
Interessante.
Um quiz pode não querer dizer que a pessoa é sua amiga menos que as outras, ou que é mais desatenta. O quiz só mostra o quanto você conversa com aquela pessoa. E nada mais.
As perguntas são sobre coisas que você repara na convivência, sobre coisas do seu passado ou do seu futuro que você já comentou com alguém. Ou seja, com quem você conversa mais, sobre tudo.
Mas é interessante ter um ranking das pessoas que você conversa mais.

Anyway, pra quem quiser: http://www.xisde.com.br/xD/luizinha_gia/1/

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Um jogo


A arte do desenho.
A arte da música.
A arte da lógica.
A arte do jogo.

Machinarium.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Bass

Eu tentei. Realmente tentei.
Aprendi algumas músicas, poucas. E mesmo assim não as executava perto de ninguém. Só quando estava sozinha e sabia que ninguém iria notar a minha falta de talento, aí sim, eu tocava.
Eu nunca achei que tivesse talento, e nem que teria uma banda, e nem nada parecido. Eu só achava legal.
Com a faculdade, faltava tempo. Eu tinha coisas demais pra fazer, e no tempo livre eu ia ver filme ou descansar.
Vai ver não era pra mim, nunca foi. Mas foi, sem dúvida, um dos melhores presentes. É como se eu sentisse que alguém ainda achava que eu poderia ter talento. E isso era legal.
Eu me divertia com as poucas vezes que tocava, mas assumo, era pouco.
Aí ele foi levado pra Valinhos, e tava demorando pra voltar.
De fato, ainda não voltou. Mas vai ver era o impulso que eu precisava pra criar vergonha na cara e desistir. Parar de tentar tocar o que eu não consigo. Parar de enganar, fazer acharem que tenho algum talento. Não tenho. Não pra isso.
Então eu desisto oficialmente.
E dou de presente, pra quem sabe tocar, vai aproveitar.
Num pensamento bem Phoebe Buffay "ele não estava cumprindo a sua missão, não estava sendo tocado suficientemente".

So... Mimo, keep it. As a gift for your birthday.
Bye, bye sunburst.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sessão ruim

Acabei de voltar do cinema, fui ver Sherlock Holmes.
Adorei as partes do filme que assisti sem ódio na mente. Adorei mesmo.
O grande problema foi que o ódio tomou conta da minha mente por metade da sessão.
Depois de sentada e acomodada, depois de ver os trailers, os créditos iniciais, depois de já surgir o Sherlock na tela e quase todos os personagens principais, entra um grupo de adolescentes, fazendo graça uns para os outros. Gritando, falando alto. Sentaram-se na última fileira, como eu poderia supor, e lá continuaram falando alto, gritando, fazendo barulhos e colocando o celular pra tocar. Meu corpo ficou quente, eu conseguia sentir meu pulso em qualquer parte do corpo.
Pensei na minha espingarda de chumbinho, que seria ideal para ferir a testa de cada um daqueles delinquentes. Mas como não a possuo mais, pensei então em apenas subir até lá e ofender profundamente cada um deles.
Aí então eles se calaram. Por um tempo.
Dali um pouco, quando eu já tinha me esquecido do ódio, mas não do fato de que realmente pretendo ver esse filme novamente, eles me lembraram que existiam. Jogaram Fanta uva em mim, minha mãe e mais uns dois caras na fileira da frente, que gritaram "Joga Coca, não curto muito Fanta uva!". Começaram a conversar e a existir novamente, aí entrou o lanterninha, deu uma bronquinha que os manteve quietos por alguns minutos. Mais tarde, depois de mais arremessos de refrigerante, o filme pausou e entraram três funcionários do cinema.
Foi meio atrasada a atitude, os garotinhos de espinhas na cara e as garotinhas que menstruaram anteontem tiveram tempo demais para atrapalhar o filme. Mas foi legal poder olhar para a cara de todos, muito bem, e realmente saber quem estava atrapalhando.
Acredito que eles não tinham a intenção de serem expulsos. Acho que cada um tirou a notinha de 5 do bolso pra atrapalhar a sessão toda e sair rindo porque ninguém teria visto a cara deles direito. Então foi justo.
No final da sessão estragada, ainda vi os malditos do outro lado da rua do cinema. Só pude encará-los, mas queria mesmo é ter algumas garrafas de Fanta uva de dois litros pra arremessar na cabeça de cada um. Fechadas.

Ah! Eu precisava desabafar!

domingo, 10 de janeiro de 2010

C_MPL_TE

Eu gosto de dormir tarde.
Minha mãe gosta de dormir cedo.
E por isso eu sempre escuto umas duas vezes por noite um "vai deitar", até ela dormir mesmo.
Mas tem um problema maior nisso.
Quando a minha mãe vai se deitar e a casa fica silenciosa, escura, eu me sinto solitária.
Antigamente a TV dava conta do recado. Bastava eu deitar em qualquer lugar e ligar a televisão que eu não pensava em mais nada, não percebia a minha solidão, e adormecia distraída pelas imagens.
Mas a TV não me atrai, nem me distrai. Se tornou insignificante, e aí não me ajuda mais a dormir.
Então agora, nessas noites que a solidão vem me visitar, eu fico pensando em você. E é o mais próximo que eu chego do sentimento, tão oposto à solidão, que é quando estou com você.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Cama

Hoje eu to bem preguiçosa.
Vontade de passar o dia inteiro na cama.
Talvez seja porque esse lençol velho é uma delicía.
Talvez seja porque está friozinho.
Talvez seja porque eu queira sonhar com você.
Talvez seja porque eu sei que se levantar eu tenho que ir pra auto escola.
Talvez seja porque meu quarto está uma bagunça e eu prefira fechar os olhos.
Não sei exatamente porquê.
Mas hoje eu queria passar o dia na cama.
Ou pelo menos o dia todo de pijama.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Infelicidade

A infelicidade me incomoda.
Não a minha. Quer dizer, a minha também. Mas é principalmente a dos outros.
Me dói muito ver um sorriso no rosto de alguém que sofre, porque eu acho esse sorriso falso, eu penso que é uma alegria muito momentânea, e que logo depois essa pessoa vai lembrar de tudo que a aflige, tudo que a incomoda. E eu fico pensando em como essa pessoa se sente à noite, deitada na cama, antes de dormir. No que ela pensa, se ela dorme bem, se ela sofre... e eu acho tão errado que essa pessoa divida sorrisos com os outros, e não essas aflições.
Um bebê, na sua pureza, chora por tudo, grita por tudo. Ele não sabe de que forma se expressar, então, qualquer incômodo é motivo para chorar: frio, calor, fome, xixi, cocô, saudade, aperto. E quando a felicidade do bebê não cabe mais nele, ele grita. É um gritinho agudo, mas bonitinho. Você percebe a felicidade e a excitação nele.
Quando cresce, o bebê aprende que tudo isso é inadequado. É feio. Não pode chorar por tudo. Não pode gritar de felicidade. Ele deveria aprender a lidar com as coisas e a não querer chorar por tudo. Mas não é assim que ensinam. Não ensinam a lidar com as coisas. Ensinam a simplesmente engolir o choro e passar por cima das coisas. E a ser menos eufórico e escandaloso em seus momentos de felicidade.
E esses bebês serão pessoas introvertidas, que vão guardar suas mágoas até ganharem uma úlcera, ou uma depressão, ou ambas. E quando ficarem felizes... vão chorar.
E assim todo mundo vai rumando para a sua infelicidade.
E eu, me incomodo em perceber a infelicidade de qualquer pessoa.
Mas o que mais me dói, o que mais me dói mesmo, é perceber a infelicidade em alguém que gosto muito. Isso não só dói, como me deixa infeliz.
Sei que isso não é bem certo, que eu deveria ser feliz apesar de todas as pessoas.
Mas não sei fazer isso.
E vai ver é por isso que devo voltar a ver minha psicóloga.

Mallu

Eu já gostei, desgostei, gostei e desgostei de novo. Mas ela sempre tem algo que me agrada. Ou tira algo que eu queria falar lá do fundo do meu peito. Então eu gosto mesmo dela.

Make it easy

It's been hard days for mamma
And hard days for me too
I keep fighting for my love
As a woman
And mamma cries
As I knew she would do
It shouldn't be that hard
No, mamma
We'll accept each other
And make it easy
Love is no problem
No, mamma
We'll love each other
And make it easy
Life is good
Life is so fine
Dear mamma
Let's smile at life
And make it easy.

Mallu Magalhães

domingo, 3 de janeiro de 2010

Retrospectiva 2009

Foi um ano bem diferente.

- Objetivo, cursinho, UFOP - 1ª fase, PUC Poços, trote, Arquitetura e Urbanismo;
- Cabelo curto, Pi, 2º e 3º furo, alargador, 3 quilos;
- Fondue de queijo, fondue de chocolate, bolacha de maisena com Nutella, Disney Lanches, Baiúca, Begalli, Subway, bolo salgado;
- Corujão, K2, Mekanos, Lab Zeppelin, Beatles Cover, Dose Dupla, Pharmacy, New York, Let's Rock;
- Blue Velvet, Fantasia 2000, Inglourious Basterds, Fargo, Lat den rätte komma in, Up, Casino, Reservoir Dogs, Shaun of the Dead, Hot Fuzz, Adventureland, Eyes wide shut, Turn curtain, Monty Python and the Holy Grail, Life of Brian, Monty Python Live at the Hollywood Bowl, Burn after reading, The international, Whatever Works, Ghost World, Drag me to hell, Los abrazos rotos, The big Lebowski, In Bruges, Entre les Murs, Under the Tuscan Sun, I heart Huckabees, I love you man, Última parada 174, Os normais 2, Marley & Me, Mazzaropi - Jeca contra o capeta, La faute à Fidel!, Harry Potter and the Half-blood Prince, Funny People e tecétera, porque eu não vou lembrar todos os filmes que vi esse ano;
- Lost, South Park, Spaced, Monty Python's Flying Circus, Capitu;
- Frank Zappa, The Do, Björk, Rush, Bela Fleck and the Flecktones, Mazzy Star, Cocteau Twins, Regina Spektor, Móveis Coloniais de Acaju, Muse;
- Wii, Machinarium, Passage.
- Festa surpresa;
- Inglaterra;
- Catetos;
- 8 de agosto, 11 de setembro;
- Minha pessoa;
- 3,5 casas;
- Óbvio utópico;
- Primeira, segunda, terceira e quarta elementas;
- Cartas;
- Casais e descasais;
- Desapaixonei, terminei. Apaixonei, tentei, desapaixonei, superei. Apaixonei, estou apaixonada. Amo;
- Nietzsche;
- Alta de anti-depressivo;
- 4ª e definitiva separação;
- Muitas felicidades;
- Algumas tristezas;
- 2010 vai ser melhor.