Novo dicionário Aurélio
erótico
1. Relativo ao amor.
2. Inspirado pelo amor; que tem o caráter de lirismo amoroso;
3. Inspirado ou provocado pelo erotismo;
4. Sensual, lascivo.
O sentido de erótico mudou. Erótico nunca foi essa coisa vulgar e explícita. Isso é pornô.
Erótico é um decote discreto, que não mostre tudo, para instigar a imaginação. Erótico é ver o vulto da prima, trocando de roupa.
Erotismo é a insinuação, é instigar a mente e provocar a curiosidade.
Erotismo tem a ver com a intimidade do sentimento, e não com essa efemeridade dos encontros de balada.
Nas últimas décadas o erotismo foi perdido. Tudo virou pornô.
Cada vez mais cedo os garotos querem se exibir na webcam para alguma desconhecida. E as garotas lotam o orkut de fotos com mais peito do que rosto, mais pose que personalidade. Quanto mais aparecer, melhor. Decotes acentuados e barriga encolhida.
E às vezes alguém ousa dizer que estas fotos, sem erotismo algum, são arte.
It doesn't, and you can't, I won't, and it don't, it hasn't, it isn't, it even ain't, and it shouldn't, it couldn't.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Top 10 - Vol. II
Sim, nesta ordem.
1. Te abraçar;
2. Desenhar;
3. Alcançar;
4. Tocar baixo;
5. Pulseira de couro;
6. Esmurrar quem merece;
7. Filosofar com os tais atrás da cabeça;
8. Segurar, literalmente, o tédio (apoiando a cabeça);
9. Tatuar;
10. Coceira.
Esse foi o Top 10 motivos para ter braço.
Porque, é que nem gosto, né...
1. Te abraçar;
2. Desenhar;
3. Alcançar;
4. Tocar baixo;
5. Pulseira de couro;
6. Esmurrar quem merece;
7. Filosofar com os tais atrás da cabeça;
8. Segurar, literalmente, o tédio (apoiando a cabeça);
9. Tatuar;
10. Coceira.
Esse foi o Top 10 motivos para ter braço.
Porque, é que nem gosto, né...
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Misunderstood
Minha cultura já foi confundida com religião.
Quando eu disse ao meu professor que 'Notre Dame' existia em vários lugares porque significava 'Nossa Senhora', ele disse que eu devia ser uma boa aluna no catecismo.
Como se ensinassem tais coisas no catecismo.
Meu respeito já foi confundido com dúvida.
Por escrever deus com letra maiúscula, por respeito a quem acredita, já me disseram que eu escrevia assim por não ter tanta certeza de sua inexistência.
Como se eu me preocupasse com o que poderia me levar para o inferno.
Quando eu disse ao meu professor que 'Notre Dame' existia em vários lugares porque significava 'Nossa Senhora', ele disse que eu devia ser uma boa aluna no catecismo.
Como se ensinassem tais coisas no catecismo.
Meu respeito já foi confundido com dúvida.
Por escrever deus com letra maiúscula, por respeito a quem acredita, já me disseram que eu escrevia assim por não ter tanta certeza de sua inexistência.
Como se eu me preocupasse com o que poderia me levar para o inferno.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Prefiro Darwin
Quando eu era menor eu não entendia bem o que era deus. Acho que ele era o cara pra quem eu deveria recorrer se algo desse errado. Depois de um tempo, com algumas explicações, eu achava que ele era um cara bom, que parecia com o papai Noel e ficava sentado nas nuvens escutando as coisas que eu falava. Eu rezava toda noite. Antes de dormir, eu ficava repetindo aquelas orações decoradas e me questionava se deus entendia o que eu queria dizer, se ele realmente me conhecia através de alguns simples 'pai nosso'. Resolvi parar com isso e começar a conversar com ele, afinal ninguém lia meus pensamentos para checar se eu estava rezando ou conversando com ele. Assim fui fazendo até começar a testá-lo. Eu vivia pedido para que ele me respondesse, para que provasse que existia, me mandasse um sinal. Esperava alguns minutos, e nada. Para me conformar eu pensava "ele não manda sinais tão facilmente". E com essa falta de resposta eu fui me distanciando, perdendo esse pouco de fé que eu tinha. Recorria ao ser que não me respondia quando estava desesperada ou triste, mas sempre questionando a existência no final e desistindo de acreditar que os meus pedidos fariam alguma diferença.
Quando comecei a me ver não-católica eu já não o via como uma pessoa, mas como algo maior, uma energia, algo além do que eu pudesse imaginar, além de qualquer imagem que eu pudesse formar na minha mente. Então me conformei que ele não responderia nunca, nem mandaria sinais. Afinal era apenas uma força do universo. Muitas tardes ociosas e noites de insônia foram gastas pensando nisso. Até que parei num ponto. Ele não tinha nada a ver com religião, era um poder maior, uma energia, que eu enxergava como sendo o "culpado" por tudo de lindo que tem no universo e por todos os bons sentimentos do ser humano. Isso, para mim, era divino. No capeta eu nunca acreditei. O lado mau das coisas estava nos próprios seres humanos, e não numa força maligna que competia com deus. Então eu tinha chegado à conclusão de que não adiantava nada rezar, pedir, agradecer, conversar, apelar, porque ele não era uma pessoa, ou um ser propriamente dito. Ou seja, eu simplesmente acreditava em algo maior.
Algo maior? Muito vago. Eu também achava. Mas foi no que eu acreditei durante um bom tempo. E foi tentando explicar exatamente no que eu acreditava que entendi melhor o que eu mesma achava.
Numa das minhas noitadas, com amigos queridos, com quem adoro passar horas filosofando, eu percebi que não acreditava em deus. Eu apenas dava outro nome ao que eu acredito.
Eu acredito na Natureza. Tudo de belo que eu enxergo à minha volta, tudo que eu considerava divino, é natural. O mundo chegou onde está por causa da natureza, e vai pra onde tiver que ir por causa da natureza. Todas as transformações físicas e químicas que vão modificando os átomos e transformando coisas, é tudo natural. E, quanto aos sentimentos, são as nossas características mais belas e autênticas, e são nossas, dos seres humanos. Não proveniente de alguma outra força ou energia.
Ateia, com orgulho.
Para mim, deus não existe. E não acho nada que prove o contrário.
Procuro respeitar muito a opinião alheia, assim como desejo ser respeitada.
E se alguém se sentiu ofendido com algo que leu aqui, sinceramente, não deveria estar aqui.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
A era católica
Eu era católica, aliás, eu achava que eu era, porque depois eu descobri que nunca fui de verdade. Eu sou batizada, mas não acho que isso fez de mim uma católica. Porque eu nunca acreditei em nada. Eu acreditava em deus e só. Eu achava que a bíblia era como um livro de fábulas do Monteiro Lobato: cheio de ficção e com uma mensagem legal no final de cada fábula.
Pois bem, quando eu estava no catecismo eu comecei a questionar, porque só aí que eu fui perceber que aquele povo (padre, catequista, papa, esse povo) queria que eu realmente acreditasse naquilo tudo, não como fábula, mas como verdade. Ou seja, era pra eu acreditar que realmente teve um cara que andou por cima da água, multiplicou pão, transformou vinho em água, fez paraplégico andar, cego enxergar e foi crucificado, morto e sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e está sentado à direita de deus pai todo poderoso, d'onde há de julgar os vivos e os mortos (é, eu ainda sei o credo). Entre outras coisas.
Foi aí que caiu a ficha. Eu acreditava em deus, num poder maior, mas não nesses contos que nunca foram provados.
Enfim, eu fiz primeira comunhão mais por curiosidade do que por tudo, porque eu morria de vontade de provar a hóstia. Mas naquela época eu já percebia que aquilo não era pra mim, porque eu não me sentia bem na igreja, era um tédio, me dava sono, e eu realmente não acreditava em nada. Eu nem rezava mais, eu simplesmente conversava com deus, como eu conversaria com qualquer pessoa, falando das minhas aflições, e de vez em quando eu pedia ou agradecia qualquer coisa.
Com o passar dos anos eu fui lendo, pesquisando, vendo que realmente nada da bíblia é comprovado, que quem acredita é por pura fé, e fui só me afastando do catolicismo. Mas se alguém me perguntasse, eu respondia que era católica, porque eu sou batizada e fiz primeira comunhão e, até então, não tinha tanta vergonha dessa religião.
Aí o Bento começou a falar bobeira. Falar pra não usar camisinha, essas coisas, tudo bem. Porque realmente faz sentido pra quem é católico de verdade. O problema é só achar um católico de verdade nesse mundo, porque até hoje eu não conheci nenhum. Ninguém segue a bíblia à risca, então não faz sentido seguir o que o papa fala. Mas foi quando ele começou a querer mudar os pecados capitais, adicionando coisas ridículas, como a proibição de doação de órgãos, que eu achei o cúmulo da estupidez e comecei a me assumir não católica mesmo, porque aí já dava vergonha de falar.
E foi quando eu me assumi totalmente não católica que eu comecei a questionar profundamente deus. Mas aí já é assunto pra outro post.
Pois bem, quando eu estava no catecismo eu comecei a questionar, porque só aí que eu fui perceber que aquele povo (padre, catequista, papa, esse povo) queria que eu realmente acreditasse naquilo tudo, não como fábula, mas como verdade. Ou seja, era pra eu acreditar que realmente teve um cara que andou por cima da água, multiplicou pão, transformou vinho em água, fez paraplégico andar, cego enxergar e foi crucificado, morto e sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e está sentado à direita de deus pai todo poderoso, d'onde há de julgar os vivos e os mortos (é, eu ainda sei o credo). Entre outras coisas.
Foi aí que caiu a ficha. Eu acreditava em deus, num poder maior, mas não nesses contos que nunca foram provados.
Enfim, eu fiz primeira comunhão mais por curiosidade do que por tudo, porque eu morria de vontade de provar a hóstia. Mas naquela época eu já percebia que aquilo não era pra mim, porque eu não me sentia bem na igreja, era um tédio, me dava sono, e eu realmente não acreditava em nada. Eu nem rezava mais, eu simplesmente conversava com deus, como eu conversaria com qualquer pessoa, falando das minhas aflições, e de vez em quando eu pedia ou agradecia qualquer coisa.
Com o passar dos anos eu fui lendo, pesquisando, vendo que realmente nada da bíblia é comprovado, que quem acredita é por pura fé, e fui só me afastando do catolicismo. Mas se alguém me perguntasse, eu respondia que era católica, porque eu sou batizada e fiz primeira comunhão e, até então, não tinha tanta vergonha dessa religião.
Aí o Bento começou a falar bobeira. Falar pra não usar camisinha, essas coisas, tudo bem. Porque realmente faz sentido pra quem é católico de verdade. O problema é só achar um católico de verdade nesse mundo, porque até hoje eu não conheci nenhum. Ninguém segue a bíblia à risca, então não faz sentido seguir o que o papa fala. Mas foi quando ele começou a querer mudar os pecados capitais, adicionando coisas ridículas, como a proibição de doação de órgãos, que eu achei o cúmulo da estupidez e comecei a me assumir não católica mesmo, porque aí já dava vergonha de falar.
E foi quando eu me assumi totalmente não católica que eu comecei a questionar profundamente deus. Mas aí já é assunto pra outro post.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Opinião
O motivo óbvio de ter um blog é que é um lugar seu, onde você fala o que você pensa da forma que acha mais adequada.
O motivo óbvio de liberar o sistema do blog para receber qualquer comentário, inclusive anônimo, é que você realmente quer ver o que outras pessoas pensam sobre tal assunto que você escreveu. Você quer comentários contra o que você escreveu, a favor do que você escreveu, sobre o que você escreveu e além do que você escreveu.
O motivo óbvio de se comentar num blog alheio é ter algo de útil para falar, que valha a pena ser dito.
O motivo óbvio desse post é que eu não quero comentários fúteis e imbecis no meu blog, prefiro que o leitor pense duas vezes antes de dizer qualquer babaquice.
Mas até hoje eu nunca tive comentários inúteis no meu blog. Acho que realmente quem costuma visitá-lo só comenta quando tem algo a dizer de verdade.
Mas esse post é preparatório para assuntos que pretendo falar em posts futuros, que podem gerar comentários irritantemente estúpidos.
E é lógico que os motivos que parecem óbvios para mim podem não ser óbvios para outras pessoas.
Afinal, é tudo uma questão de opinião.
O motivo óbvio de liberar o sistema do blog para receber qualquer comentário, inclusive anônimo, é que você realmente quer ver o que outras pessoas pensam sobre tal assunto que você escreveu. Você quer comentários contra o que você escreveu, a favor do que você escreveu, sobre o que você escreveu e além do que você escreveu.
O motivo óbvio de se comentar num blog alheio é ter algo de útil para falar, que valha a pena ser dito.
O motivo óbvio desse post é que eu não quero comentários fúteis e imbecis no meu blog, prefiro que o leitor pense duas vezes antes de dizer qualquer babaquice.
Mas até hoje eu nunca tive comentários inúteis no meu blog. Acho que realmente quem costuma visitá-lo só comenta quando tem algo a dizer de verdade.
Mas esse post é preparatório para assuntos que pretendo falar em posts futuros, que podem gerar comentários irritantemente estúpidos.
E é lógico que os motivos que parecem óbvios para mim podem não ser óbvios para outras pessoas.
Afinal, é tudo uma questão de opinião.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Vaidade
Eu não sou nada vaidosa. Eu raramente ligo para a minha própria aparência.
Mas tem dias que eu acordo diferente. Eu simplesmente me olho no espelho e penso "por que sair com essa cara de múmia? por que não me valorizar um pouquinho?". E aí eu me cuido.
De vez em quando é tão fácil que eu me pergunto por que não faço isso sempre. Mas eu sei a resposta, eu não sou vaidosa, não arranjo empolgação, ânimo, vontade de me arrumar muito. Sempre acho que tem algo melhor para fazer, sinto como se tivesse algo que realmente vai fazer o meu tempo valer mais a pena.
Mas de quando em quando eu invisto no meu marketing pessoal e tento melhorar essa cara de múmia e esse jeito de moleque.
Hoje foi um dia assim. Raridade. Fazia tempo que não acontecia.
Mas tem dias que eu acordo diferente. Eu simplesmente me olho no espelho e penso "por que sair com essa cara de múmia? por que não me valorizar um pouquinho?". E aí eu me cuido.
De vez em quando é tão fácil que eu me pergunto por que não faço isso sempre. Mas eu sei a resposta, eu não sou vaidosa, não arranjo empolgação, ânimo, vontade de me arrumar muito. Sempre acho que tem algo melhor para fazer, sinto como se tivesse algo que realmente vai fazer o meu tempo valer mais a pena.
Mas de quando em quando eu invisto no meu marketing pessoal e tento melhorar essa cara de múmia e esse jeito de moleque.
Hoje foi um dia assim. Raridade. Fazia tempo que não acontecia.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Top 10 - Vol. I
Não necessariamente nesta ordem, mas necessariamente estas coisas.
1. Pôster gigante do Alexandre Pires;
2. Diálogo de novela;
3. "Não gosto de filme de neve";
4. Pseudo-intelectuais;
5. Vassoura hidráulica;
6. Ouvir "Are-baba" (sei lá como se escreve esse lixo);
7. Auto-crítica implorando elogio;
8. Ser fumante passiva em todos os corredores da faculdade;
9. Humor negro mal aplicado, maldoso;
10. Ouvir adaptação dublada de alguma boa música.
E esse foi o Top 10 motivos para se ter uma arma.
domingo, 4 de outubro de 2009
Party
"Hum, festa!
Vou vestir minha calça da Diesel falsa, minha cueca mais limpa, minha blusa rosa choque, vou tomar banho, vou usar perfume e desodorante hoje. Acho que assim pego alguém.
Andando com as garotas mais fáceis, que se impressionam com qualquer ato mais chamativo, tenho que fazer algo para mostrar minha revolta, minha força e minha masculinidade.
No caminho da festa quebro um banco, uma árvore recém-plantada, uma lata de lixo, derrubo placas e cartazes do bar da esquina. Bebo de tudo até não conseguir andar em linha reta. Esbarro em algum magrelo pelo caminho. Pego alguma garota que tenha se impressionado. Puxo briga com alguém. Sou expulso pelos seguranças, saio imobilizado e satisfeito.
No dia seguinte, não me lembro muito bem de nada, mas alguém me disse que fui foda ontem.
Então a festa foi ótima."
E assim devem acordar alguns animais que foram ao baile do Hawaii ontem.
Mas ignorando a existência desses, e apesar do axé, estava divertido.
sábado, 3 de outubro de 2009
Mentira
Você mente?
Mentira.
Eu minto. E assumo.
E você também deveria assumir.
Ou vai dizer que quando alguém pergunta "tudo bem?" e você responde "tudo bem" é sempre verdade?
Quase nunca é.
Mas... e aí, tudo bem?
Certas coisas
Certas coisas não precisam ser ditas.
Eu sei pelo jeito que você me olha.
Eu sei por como segura minha mão.
Certas coisas não precisam ser ditas.
Podem ser escritas na palma da mão.
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